Projeto para prevenção de Broncoaspiração do Hospital Metropolitano é destaque no Congresso Nacional e Internacional de Fonoaudiologia

 em Inovação

Os primeiros resultados do Protocolo de Prevenção de Broncoaspiração implantado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, através da equipe de Fonoaudiologia, foi apresentado no 29º Congresso Brasileiro e o 11º Congresso Internacional de Fonoaudiologia, realizados nos dias 13 a 16 de outubro. Tal evento reuniu mais de 3mil profissionais de diversos países, de forma online, e o protocolo implementado para assistência e segurança dos pacientes do Metropolitano, foi destaque.

Através da apresentação dos dados do projeto, os participantes puderam conhecer a metodologia, desenvolvimento e benefícios resultantes do protocolo. “Fomos o único hospital público da Paraíba com apresentação de trabalho científico no congresso. Apresentamos os resultados para além dos benefícios aos pacientes, expus a redução dos custos hospitalares, algo bastante positivo para gestão e que ao final da apresentação culminou em comentários positivos dos participantes e organizadores”, destacou o fonoaudiólogo Deyverson Evangelista.

Broncoaspiração é a condição em que alimentos, saliva, entre outros líquidos, são aspirados pelas vias aéreas. De acordo com a supervisora da Fonoaudiologia, Tatiana Aires, o Protocolo de Broncoaspiração utilizado na unidade de saúde, visa os cuidados adotados para evitar o incidente. “No momento em que o paciente é admitido no hospital e tem risco de broncoaspiração, o enfermeiro abre o protocolo sinaliza o leito com a placa indicativa. Nós temos 24 horas para passar beira leito e realizar a triagem. Após a confirmação do risco, o paciente recebe acompanhamento diário pela nossa equipe de fonoaudiologia hospitalar, até fechar o protocolo e ele não ter mais risco ou até a sua alta hospitalar, com todas as orientações repassadas à família”, descreveu a gestora.

Para ser bem sucedido o Protocolo conta com o envolvimento e atuação da equipe multiprofissional, segundo o gerente multidisciplinar, Bruno Brito. “O enfermeiro inicia, com a abertura do Protocolo, o fonoaudiólogo confirma o risco. Se os pacientes estão na UTI, é feito um trabalho de orientação com o técnico de enfermagem, para elevação da cabeceira, por exemplo. Além disso, se o paciente está com dificuldade em uma consistência alimentar, a equipe de nutrição integra o tratamento para fazer as devidas alterações. Também contamos com a fisioterapia, farmácia e o corpo médico. É um trabalho multiprofissional em prol da qualidade da assistência e segurança do interno”, frisou.

O fonoaudiólogo Deyverson Evangelista, acrescentou sobre a didática e realização das ações: “As reuniões iniciaram em dezembro de 2020, em fevereiro deste ano, iniciamos a escrita do Protocolo. Sabíamos que por estar no meio da pandemia, precisávamos atuar de forma muito didática e por setores. Então criamos o StopBronco, em que durante uma semana, cerca de 250 colaboradores foram treinados para atuar nessa prevenção. Após 6 meses de implantação, e constantes avaliações das equipes, constatamos que em média 51% dos pacientes admitidos no nosso hospital apresentam o risco para broncoaspirar. Elencando a parte de UTIs, urgências e internações. Uma alta demanda que revelou ainda mais a importância desse protocolo”, disse.

Para o diretor assistencial, Gilberto Teodozio, o empenho dos envolvidos, desde a escrita do Protocolo até a apresentação dos resultados, foi coroado com a participação no congresso internacional da área. “Estamos muito orgulhosos e sabemos do potencial da equipe assistencial, por isso estimulamos e apoiamos o desenvolvimento de estratégias que promovam ainda mais segurança e qualidade de vida aos pacientes. Parabenizamos a todos os envolvidos”, concluiu.

Essa foi a segunda participação da unidade hospitalar no congresso Brasileiro e Internacional de Fonoaudiologia. Em dezembro de 2020, a instituição recebeu a menção honrosa no 5º Congresso Ibero-Americano com o projeto de humanização “Luau Entoando o Amor”, executados pelas equipes de Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional.

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