Coração Paraibano: NEPS da PB Saúde percorreu 14 municípios levando aperfeiçoamento para mais de 500 profissionais

 em Educação em Saúde

O Programa Coração Paraibano completa um ano de funcionamento no mês de março e vem se destacando por salvar inúmeras vidas de paraibanos e paraibanas do Litoral ao Sertão. Para isso, o Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS) vem realizando diversas capacitações, inclusive com a apresentação de novas práticas, para os profissionais das áreas assistenciais, principalmente da área de medicina, enfermagem, técnica de enfermagem e fisioterapia. Só no ano de 2023, a equipe coordenada pelo instrutor e coordenador do laboratório de simulação realística, o enfermeiro e professor Walber Frazão, percorreu 14 municípios, treinando mais de quinhentos profissionais. 

A qualificação dos profissionais aconteceu em quinze hospitais das três macrorregiões do Estado com curso de capacitação para realização de ECG de 12 a 19 derivações, regulação e protocolo de dor torácica e trombólise no IAM ST, noções de transporte neonatal; monitorização não invasiva; formação de equipe de alto desempenho em reanimação cardiopulmonar em pediatria. E para as onze novas equipes de ambulâncias sob a gestão da PB Saúde nas três macrorregiões do Estado foram realizados treinamentos em emergências cardiológicas e transporte pré-hospitalar de pacientes com agravos cardiovasculares. 

Conforme explicou Walber, a primeira fase dos treinamentos foi pautada na necessidade dos profissionais da rede hospitalar (gerenciadas ou não pela PB Saúde) tivessem a capacidade de realizar adequadamente o eletrocardiograma; reconhecer as principais arritmias graves que podem levar a morte; conhecer o protocolo de administração de medicações trombolíticas que podem de imediato salvar a vida de um paciente com um infarto, caso ele não consiga chegar a tempo a um serviço de hemodinâmica, pois “não adianta ter a ambulância hemodinâmica e não ter os profissionais que tenham conhecimento do protocolo e de como realizar os procedimentos”. 

De acordo com o diretor superintendente da Fundação Paraibana de Gestão em Saúde – PB Saúde, Ari Reis, para que o Programa cumpra o seu objetivo que é salvar vidas, é preciso investir não só em equipamentos (como tem feito o governador João Azevedo), mas também no aperfeiçoamento dos profissionais (o que vem fazendo a PB Saúde). 

O NEPS promoveu também para os enfermeiros e médicos de todas as unidades gerenciadas pela PB Saúde um treinamento com o médico cardiologista de Recife, João Morais, para o tratamento do infarto agudo do miocárdio na emergência com simulação realística.  

Walber ressaltou que existe também uma grande preocupação com os pacientes que chegam a ter uma parada cardiorrespiratória durante o atendimento inicial, ou chegam ter  em parada cardiorrespiratória nas unidades de saúde esse serviço, necessitando muitas vezes do procedimento de reanimação, e desde 2020 alguns protocolos tiveram atualizações e por isso a importância de oferecer essas capacitações. 

Entre os protocolos que tiveram atualizações estão: compressões torácicas contínuas sem via aérea avançada por no mínimo três profissionais, sendo dois profissionais na ventilação com bolsa válvula máscara e um profissional na compressão torácica; ventilação com bolsa válvula máscara com uso da técnica eminência tenar; uso de filtro HEPA, HMEF na ventilação não invasiva e invasiva na reanimação cardiopulmonar; cuidados pós parada cardiorrespiratória com a manutenção da temperatura corpórea e prevenção da hiperóxia; uso do ventilador mecânico não invasivo e o controle de pressão inspiratória positiva na reanimação neonatal como padrão ouro na sala de parto; entre outros. 

Como funciona o Coração Paraibano

Assim que o paciente é diagnosticado com os sintomas, baseado no protocolo do Coração Paraibano, os médicos da unidade de saúde onde o paciente recebeu o primeiro atendimento fazem contato, por telemedicina, com especialistas do Metropolitano, hospital coordenador do programa, para receber orientação sobre os cuidados imediatos com medicação e exames de imagem.

Quando necessário, o paciente é encaminhado pela Central de Regulação Estadual para realizar procedimento de intervenção na hemodinâmica mais próxima via transporte, que pode ser feito pela base de ambulâncias, pelo Grupo de Resgate Aeromédico (Grame), ou, via aeronave de UTI aérea.

Os centros de referência do programa são o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita; o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande; e o Complexo Regional Hospitalar Deputado Janduhy Carneiro, em Patos, unidades onde estão localizadas as hemodinâmicas.

 

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