Evento de encerramento do setembro verde no Hospital Metropolitano conta com sensibilização de ex-pacientes e família doadora

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Para lembrar às pessoas sobre a importância de ser um doador e salvar vidas, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, realiza um trabalho diário junto às famílias de pacientes e usuários. No mês de setembro,  o intuito de reforçar a importância da campanha é intensificado por meio de ações que contemplam também todos os servidores.

No primeiro dia do mês, deste ano, a unidade que é gerenciada pela Fundação PB Saúde, realizou mais uma captação de multiórgãos, e nos demais, foram feitas abordagens com familiares e usuários do ambulatório e Centro de Imagem, para adesão à campanha. Na manhã desta quinta-feira (28), no auditório da instituição, a programação foi encerrada, com um evento, que contou com a participação da família doadora, de ex-pacientes que realizaram transplante na unidade, e colaboradores.

Na abertura do evento, profissionais das áreas administrativas, médicas e assistenciais participaram de um quiz on-line, no qual objetivava um teste rápido de conhecimento acerca das temáticas: morte encefálica e doação de órgãos. Após isso, iniciou-se uma sequência de palestras, sendo a primeira com o neurologista Rafael Gonçalves, apresentando o Protocolo de Morte Encefálica, seguindo com as cardiologistas da instituição, Tauanny Frazão e Roberta Barreto, sobre doação de órgãos e transplante.

No decorrer da programação, dois dos cinco transplantados de coração no complexo hospitalar, realizaram uma fala de agradecimento à equipe e familiares dos doadores. “Hoje tem um coração batendo no meu peito, graças a uma mãe que no momento de maior dor e perda do seu filho, foi capaz de dizer sim para minha vida continuar. Eu sou muito grato por isso. E hoje faço campanha onde chego para que mais pessoas se tornem doadores também. Comuniquem a sua família o desejo de doar”, discursou Willis Evangelista, 1º paciente transplantado no Hospital Metropolitano, em março de 2022.

Já o ex-paciente transplantado, em janeiro deste ano, Francisco de Assis Quixaba, completou o agradecimento, ressaltando os cuidados prestados pela equipe. “Estou no processo de recuperação ainda, mas me sinto um novo homem. Eu não podia escovar meus dentes, calçar um sapato, fazer atividades simples do dia, mas tudo mudou quando o novo coração chegou pra mim, e os profissionais que aqui cuidaram de mim, eu não tenho palavras para agradecer, só peço que Deus os abençoe, assim com a família que doou, que eu não conheço, mas Deus sabe quem são”, disse.

De receptores à doadores, a fala de encerramento do evento foi marcada pelo emocionante depoimento de Nífia Danielle, que recebeu o diagnóstico de morte encefálica da mãe no Hospital Metropolitano, mas disse sim à doação e garantiu que outras cinco pessoas saíssem da fila única para transplante. “Na minha adolescência minha mãe dizia: se minha cabeça parar, não deixe meu corpo perecer. Eu não entendia o que significava isso, até entrar para enfermagem e conhecer o verdadeiro amor à arte de cuidar. Minha mãe era cheia de vida, tinha 59 anos, não viu eu e minha irmã se formar em Enfermagem, mas acredito que onde ela estiver, está muito orgulhosa e pulando de alegria, pois têm duas filhas que amam cuidar de outras vidas”, descreveu.

A coordenadora do CIHDOTT do Hospital, Patrícia Monteiro, no encerramento, destacou que “Para ser um doador, basta conversar com a família sobre o desejo em doar e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos”, concluiu.

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