Hospital Metropolitano registra 6ª doação de múltiplos órgãos de 2023 na unidade

 em Transplantes

Na última terça-feira (05), o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires foi palco de mais uma captação de múltiplos órgãos, onde, após a entrevista familiar positiva, foram doados: coração, fígado, rins e córneas. Essa foi a 9ª doação de coração de 2023 registrada na Paraíba pela Central Estadual de Transplantes e, só foi possível, graças ao ato de generosidade da família do paciente doador que foi diagnosticado com morte encefálica após a realização de exames clínicos e de imagens, de acordo com o protocolo proposto pelo Conselho Federal de Medicina. sim para doação de órgãos. 

De acordo com a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Metropolitano, Patrícia Monteiro, essa é a sexta captação de múltiplos órgãos realizada no Hospital Metropolitano em 2023. A gestora pontuou que podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões.

“Fico feliz em ver que o número de doações está aumentando, porque na maioria das vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. O Sim de uma família pode salvar a vida de muitas pessoas”, relatou Patrícia. 

O primeiro órgão retirado na cirurgia de captação, que começou pela manhã, foi o coração. Devido ao tempo de isquemia, ao ser retirado o coração foi levado ao aeroporto, imediatamente, com o apoio do Corpo de Bombeiros, e de lá transportado pela aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) até o estado do Rio Grande do Norte, onde o receptor, um homem de 34 anos, aguardava a chegada do órgão.

Segundo o cirurgião cardíaco, Alexandre Duram, a retirada do órgão é um procedimento teoricamente simples, mas que necessita muita precisão e eficiência durante o processo. “Após a retirada do órgão, infundimos um líquido que preserva o coração da isquemia, e isso nos dá um tempo de 4 horas para ser implantado no receptor. É um procedimento que fazemos em conjunto com múltiplas equipes, uma jornada de, no mínimo, 24 horas, avaliando o doador e compatibilizando os pacientes”, detalhou. 

Os demais órgãos foram captados logo em seguida. O fígado foi encaminhado para um homem de 63 anos, no Rio de Janeiro. O rim esquerdo teve um receptor compatível na Paraíba e o rim direito, encontrou uma receptora em São Paulo. As córneas foram encaminhadas para o Banco de Olhos. Segundo a diretora da Central de Transplantes, Rafaela Dias, a Paraíba tem avançado bastante quanto às doações e transplantes de órgãos.

“O aumento de 200% no número de doações de coração, assim como o crescimento das doações e transplantes de outros órgãos, coloca a Paraíba em uma posição de destaque na região Nordeste. Mas isso não teria condições de acontecer se não fosse o ‘sim’ das famílias e a capacidade e investimentos que nossa equipe tem recebido por parte da Secretaria”, pontuou. 

Doação de órgãos na Paraíba: Este ano já foram realizados 233 transplantes de órgãos no estado, e 541 pessoas aguardam na lista de espera, sendo 339 por uma córnea, cinco por um coração, 22 por um fígado e 175 por um rim.

Sobre o Metropolitano: O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires é referência em cardiologia e neurologia e recebeu o credenciamento para realização do transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o Ambulatório de Transplante, para atendimento a pacientes candidatos ao procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração pediátrico. De 2022 até este mês de julho, já foram realizados cinco transplantes cardíacos, todos com sucesso, além de várias captações de múltiplos órgãos.

 

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