Palestras, dinâmicas e oficinas marcam o I Encontro Previna Nossa Pele da Fundação PB SAÚDE

 em Educação em Saúde

As lesões de pele têm sido alvo de grande preocupação, uma vez que causam impacto para pacientes, familiares e serviços de saúde, como o prolongamento do período de internação, riscos de infecções e outros agravos evitáveis. Para atualizar e mobilizar a equipe multidisciplinar sobre a prevenção e tratamento das lesões de pele, nesta terça-feira (29), foi realizado pela Fundação PB SAÚDE, o I Encontro Previna Nossa Pele, no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires.

O evento foi proposto em alusão ao Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão que é comemorado na terceira quinta-feira do mês de novembro, todos os anos. A abertura do encontro ocorreu às 9h, no auditório 2 da unidade hospitalar, e contou com as boas-vindas da diretoria e gerência de Enfermagem. Os gestores destacaram a importância de condutas simples que podem evitar lesões de pele e parabenizaram o trabalho que a Assessoria de Pele vem desenvolvendo no hospital. Na ocasião, estavam presentes: o diretor de Atenção à Saúde da Fundação PB SAÚDE, Gilberto Teodozio, o diretor hospitalar do Metropolitano, Adriano Sousa, e a gerente hospitalar de Atenção à Saúde do Metropolitano, Kariny Lisbôa.

A Fundação PB SAÚDE objetiva melhorias nas ações de prevenção, combate e controle das lesões no serviço gerenciado, especialmente, no que diz respeito à redução das incidências de lesão, ao aperfeiçoamento da avaliação de risco e à implementação de medidas preventivas adequadas, efetivando assim a política de segurança do paciente.

Conduzido pela Assessoria de Pele do Hospital Metropolitano, o encontro contou com palestras sobre prevenção e tratamento de feridas, além de dinâmicas, oficinas, e uma exposição com toda a variedade de materiais utilizados para prevenir e tratar feridas na instituição. Para a coordenadora da Assessoria de Pele e da UTI Endovascular do Metropolitano, Anny Michelle Alves, o maior foco desse evento é envolver a equipe multidisciplinar na prevenção de lesões de pele, efetivando assim a política de segurança do paciente.

“É um momento de adquirir bastante conhecimento, vamos falar um pouco sobre as lesões e os tratamentos, fazer com que eles saibam identificar uma lesão e em qual estágio ela está, além de definir as escalas que temos e mostrar aos profissionais como eles devem fazer a notificação, caso apareça uma lesão no setor deles”, afirmou a gestora. Acrescentando que além das Lesões Por Pressão (LPP), o evento deve contemplar outros tipos de lesões, como: flebite, lesão por dispositivos médicos e por adesivos.

A enfermeira Especialista em Enfermagem Dermatológica e UTI neonatal e pediátrica, Ana Claudia, foi convidada para ministrar a primeira palestra do encontro, e explanar as ações preventivas que podem ser adotadas nos pacientes com risco de LPP. “A lesão por pressão ocorre quando há uma pressão exercida de uma região com proeminência óssea em uma superfície por um tempo prolongado. Então, o surgimento de LPP é comum em pacientes com mobilidade reduzida, acamados e cadeirantes”, frisou Ana Claudia, lembrando que a LPP está inserida nas 6 metas internacionais de segurança do paciente.

Ela acrescentou que a avaliação do paciente através de um exame físico, utilizando a escala de Braden (escala com pontuações sobre fatores de risco), é muito importante para detectar o risco de LPP.  “Após essa avaliação adotamos medidas de prevenção de acordo com a necessidade de cada paciente. Ações como: mudança de decúbito, controle da umidade, higienização e hidratação da pele, utilização de superfície de apoio (colchão pneumático, rolos e coxis) e uma avaliação diária da pele do paciente, são métodos eficazes para prevenir lesões por pressão”, pontuou a enfermeira.

A coordenadora do Núcleo de Ações Estratégicas (NAE) do Metropolitano, Jacqueline de Menezes, também foi uma das palestrantes do encontro. Em sua palestra, ela destacou a importância das notificações. “Por meio das notificações, é possível entender quais os problemas que estão tendo dentro de cada unidade, analisar a causa deles, se decorrem de condição clínica do paciente, ou de uma falha humana, e traçar ações para que não voltem a ocorrer. Assim, o líder de cada setor sabe o que está ocorrendo na sua unidade, até porque a segurança do paciente é algo primordial”, destacou a gestora.

Para falar sobre o tratamento de lesões crônicas e a prevenção de infecção de feridas operatórias, o escolhido foi Israel Guedes, que faz parte da Assessoria de Pele e atua no Metropolitano como enfermeiro. Ele esclareceu que quando uma LPP não cicatriza em 6 semanas, ela é considerada uma úlcera por pressão crônica e o tratamento, desde o início, se dá pela realização da mudança de decúbito, controle da umidade e prescrição adequada da melhor cobertura para aquela ferida, considerando o paciente como um todo, de forma holística. 

Sobre as infecções de feridas operatórias, Israel afirma que elas são, muitas vezes, responsáveis por reinternações e novos procedimentos cirúrgicos. “Podem ser causadas devido a complicações da cirurgia, ao esforço realizado no pós-operatório, ou uma falha na realização, ou manutenção dos curativos. Vale ressaltar, que o paciente vai para casa com orientações a serem seguidas para prevenção dessas infecções. Nós o orientamos a realizar limpeza diária com sabonete neutro ou sabão com phmb, e fazer curativo simples. Para as cirurgias de mediastino, realizamos o uso de curativo de hidropolímero estéril durante 7 dias e esses pacientes são acompanhados pela assessoria de pele”, explicou o enfermeiro.

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