Sala de apoio à amamentação do Hospital Metropolitano recebe certificação do Ministério da Saúde

 em Humanização

Na manhã desta quarta-feira (30), o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB SAÚDE), recebeu, em cerimônia realizada no auditório do Hemocentro Paraíba, a certificação do Ministério da Saúde, da sala de apoio à amamentação que será inaugurada na unidade hospitalar na próxima quinta-feira (31).  Esse certificado reconhece o Hospital Metropolitano como um local que promove, protege e apoia o aleitamento materno para a mulher trabalhadora. 

Segundo a assessora técnica da Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente do Ministério da Saúde, Renara Guedes Araújo, que estava presente na cerimônia, as ações de promoção e apoio ao aleitamento materno têm impacto tanto na saúde da criança, como na saúde da mulher e na renda da família. Ela explicou que, com o aleitamento materno, a família não vai precisar comprar fórmula infantil, bem como, gastar com medicações, tendo em vista que a criança e a mãe vão estar menos propensas ao adoecimento, além de uma série de benefícios. 

“O aleitamento é algo que a gente precisa incentivar demais, é a primeira ação de promoção à saúde pura que temos. Com certeza teríamos uma sociedade melhor, menos violenta, e com menos desigualdade social, se todas as mulheres amamentassem conforme a recomendação do Ministério da Saúde. Então, precisamos mudar isso no nosso país, e no mundo, e realmente priorizar e promover a política pública do aleitamento materno”, pontuou a mestre em Saúde da Criança e da Mulher.

Para o secretário executivo de Gestão de Rede de Unidades de Saúde, Ari Reis, essa certificação vem como um reconhecimento dos esforços da atual gestão de saúde do Estado para melhorar a assistência materno infantil da Paraíba. “É uma alegria imensa partilhar dessa melhoria e uma comprovação, ainda maior, de que a parceria entre Fundação Paraibana de Gestão em Saúde e Secretaria de Estado tem gerado bons frutos. O Metropolitano é um hospital referência no atendimento de alta complexidade não só materno e infantil, mas também pelo atenção às servidoras da instituição que recebem esse ambiente dedicado à amamentação no período da lactação”, afirmou Ari.

Quem representou o Hospital Metropolitano na cerimônia de entrega da certificação da sala de apoio à amamentação foi a gerente de Enfermagem, Mara Patríccia Souza. Segundo Mara, a inauguração desse espaço vai proporcionar mais acolhimento, conforto e segurança para as colaboradores que retornam a suas atividades após a licença maternidade. 

“Geralmente, quando a licença maternidade acaba, isso implica na separação da mãe e do bebê por um determinado número de horas por dia e isso torna o processo de retorno ao trabalho mais doloroso para a mulher, sobretudo para as que amamentam. Nesse sentido, a sala de apoio é um incentivo para que nossas colaboradoras que têm filhos em fase de amamentação sintam-se mais tranquilas e dispostas para realizar suas atividades profissionais, sem que haja prejuízo na oferta da amamentação”, frisou a gestora.

De acordo com a coordenadora da Saúde Ocupacional e enfermeira do trabalho do Metropolitano, Hérika Farias, atualmente a unidade está com mais 40 colaboradoras com filhos em período de amamentação. Hérika pontuou que, quando as colaboradoras voltam da licença maternidade, elas preenchem o documento da licença amamentação e assim podem gozar do direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais de meia hora cada um. 

“Esse direito para amamentar o filho, inclusive se advindo de adoção, é baseado no artigo 396 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e é dado até o dia que o bebê completa 6 meses. Como aqui temos regime de plantão, as horas também vão depender da carga horária da colaboradora”, explicou a coordenadora. 

A técnica de Enfermagem do Hospital Metropolitano, Vanessa Demétrio, retornou da licença maternidade, em 2 de abril deste ano, e gostou muito do novo espaço para realizar a ordenha do leite materno. “Eu fiquei feliz demais em saber da inauguração deste espaço que não é só uma conquista para a mãe trabalhadora, é um reconhecimento e cuidado para aquelas que deixam seu lar para cuidar de outras vidas. Parabenizo a PB SAÚDE por proporcionar um lugar limpo e seguro para cuidarmos daqueles que fazem tudo isso valer a pena”, relatou Vanessa.

Segundo a diretora geral do Hospital Metropolitano, Louise Nathalie, o espaço vai funcionar 24 horas por dia, mediante cadastro prévio das mulheres, que vão poder usufruir do espaço em horário determinado. “Essa sala visa apoiar as colaboradoras da nossa unidade, que poderão fazer a ordenha e armazenar este leite para levar para casa ou fazer a doação para a rede de Bancos de Leite Humano da Paraíba. Assim como as colaboradoras, as mães que tiverem pacientes internos no hospital também vão poder usar este espaço para ordenha e para amamentar”, explicou.

Essa certificação entregue pelo Ministério da Saúde, de acordo com a diretora, traz benefícios diretos para as mulheres e para as instituições. “Essa estratégia de apoio à mulher trabalhadora que amamenta consiste em criar, nas empresas públicas e privadas, a cultura de respeito e apoio à alimentação como forma de promover a saúde da mulher trabalhadora e de seu bebê”, completou.

Sala de Apoio à Amamentação: trata-se de um espaço em que a mulher, com conforto, privacidade e segurança, pode esvaziar as mamas, armazenando seu leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. Esse leite é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia, com uma etiqueta identificando o vidro com o nome da mãe, a data e a hora da coleta. No fim do expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao seu filho na sua ausência, e também se desejar, doá-lo para um Banco de Leite Humano.

 

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