Ambulatório do Hospital Metropolitano oferece tratamento com toxina botulínica para pacientes com distúrbios do movimento

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Bastante conhecida pelo uso em procedimentos estéticos, a toxina botulínica também é utilizada no tratamento dos distúrbios do movimento que podem ser ocasionados por diversas doenças, sendo a mais comum a doença de Parkinson. Com o objetivo de levar mais qualidade de vida aos paraibanos e paraibanas que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde, está oferecendo, por meio do seu Ambulatório, a aplicação de toxina botulínica para doenças neurológicas. 

De acordo com o neurologista, especialista em distúrbios do movimento e toxina botulínica, Alex Meira, o serviço é oferecido toda sexta-feira e conta com a participação dos residentes de neurologia. O especialista informou que várias doenças podem ser tratadas com a toxina à exemplo de: Torcicolo espasmódico, Distonia orofacial idiopática, Síndrome de Meige, Blefaroespasmo, Distonia cervical, Distonia focal, Distonia segmentar, Espasmo hemifacial clônico, Espasticidade (secundária a múltiplas causas como AVC, esclerose múltipla, paralisia cerebral, TCE, TRM, infecções de sistema nervoso central), entre outras.

Alex explicou que atualmente a aplicação é feita em média a cada três meses, podendo chegar num intervalo de seis meses dependendo do paciente. A medicação começa a fazer efeito em 3 a 5 dias, com efeito máximo em 15 dias após a aplicação. “Nessas doenças, o músculo está hiperativado, ou seja, está hiperfuncionante por alguma causa. Então, a toxina vai reduzir a capacidade de ativação do músculo. Ela vai enfraquecer um músculo que está hiperfuncionante. Já no caso de dores, é outro mecanismo de ação. Ela acaba bloqueando a ação de outros neurotransmissores que estão relacionados com as dores crônicas, mas no caso específico dessas doenças com distúrbio dos movimentos, é fazendo enfraquecimento da musculatura de forma específica, de forma organizada, na musculatura que a gente quer, na dose específica que a gente quer”, explicou Alex Meira. 

Para Maria do Céu, de 67 anos, moradora de Cabedelo, a aplicação da toxina botulínica trouxe de volta a sua auto estima. Ela, que foi diagnosticada com espasmo facial, disse que devido ao forte tremor dos olhos e da boca sentia vergonha em tirar fotos, além de ter ficado impedida de dirigir. “Eu me sinto muito bem já, porque meu olho tremia muito, a boca também. Com a aplicação da toxina melhorou uns 90%. Agora tenho mais qualidade de vida. Não tenho mais vergonha de tirar foto e posso dirigir. Só tenho que agradecer, primeiro à Deus, e ao Dr. Alex, que é muito humano, dá muita atenção, tem um atendimento muito humanizado. Não só ele, mas os residentes também”, relatou Maria do Céu.

Acesso ao serviço ambulatorial do HM 

De acordo com a coordenadora do Ambulatório, Patrícia Monteiro, para ter acesso ao serviço o paciente precisa ir à uma unidade de saúde de qualquer município paraibano e receber o primeiro atendimento. A unidade emitirá uma Autorização de Procedimentos Ambulatoriais que será levada para a regulação municipal. A Regulação Municipal enviará um e-mail com a solicitação para Regulação Estadual que irá agendar o atendimento no ambulatório do Hospital Metropolitano. 

 

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