Casos de alta complexidade do Hospital Metropolitano são apresentados no Congresso Brasileiro de Neurologia

 em Educação em Saúde

Sete relatos de casos de alta complexidade que foram atendidos no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde – PB SAÚDE, foram apresentados no 30º Congresso Brasileiro de Neurologia (Neuro 2022), realizado em Fortaleza, de 21 a 24 de setembro deste ano. Neurologistas que atuam no Metropolitano participaram do evento, que propôs trabalhar a neurologia sob quatro eixos: discutir, rever, abordar e inovar, de modo que propicie uma reflexão coletiva sobre o futuro na especialidade.

De acordo com o líder da Neurologia Clínica do Metropolitano, Paulo Lucena, um dos relatos teve apresentação oral e os demais foram apresentados por meio de posters. “Os posters que foram apresentados mostram a complexidade dos casos que tratamos aqui e as rodas de conversas que se fizeram entre os profissionais nos deixaram mais habilitados e conhecidos. E isso, vai ampliando o leque, tanto de contato, quanto de benefício para os pacientes da rede SUS. Saímos dessa participação como unidade referência em tratamentos de alta complexidade em Neurologia não só da Paraíba, mas de todo Nordeste”, destacou o médico.

A discussão da Neurologia, através de casos clínicos comuns na prática diária, foi uma das novidades que a comissão organizadora do congresso decidiu propor, possibilitando o compartilhamento das visões de experts de diferentes departamentos científicos da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). Entre os neurologistas do Metropolitano que participaram do congresso estão: Matheus Gurgel, Rafael Andrade, Daiane Farias, Paulo Lucena, Rafael Cunha, Thiago Araújo, Davi Guerra e Juliana Leite. Os residentes presentes foram: Arthur Vasconcelos, Daniel Vicente, Luiza Villarim, Jeanina Dionísio e Francisco Carvalho.

Para o neurologista Matheus Gurgel, a modalidade presencial do evento, após tanto tempo com eventos online, fez muita diferença. “Há muito tempo não tínhamos um evento presencial da Neurologia a nível nacional, além de uma oportunidade para encontrar colegas neurologistas de todos os estados e trocar experiências, foi um momento de atualização para trazer melhorias para o nosso serviço e, consequentemente, para os pacientes. Outra coisa importante é que esse foi o primeiro congresso que temos a Residência em Neurologia no Metropolitano, então a gente teve a oportunidade de levar os casos clínicos de doenças raras que foram conduzidas no nosso serviço”, relatou o médico.

Nesse congresso, segundo o líder da Neurologia, Paulo Lucena, se discutiu sobre novas terapias para Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o uso do canabidiol, doenças desmielinizantes e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). No que diz respeito ao TDAH, Paulo afirmou que a novidade foi o debate sobre esse tipo de transtorno em adultos e as comorbidades associadas à doença, como o uso abusivo de drogas, maior risco de acidentes automobilísticos, problemas de emprego e relacionamento. “Ficou bem claro durante o congresso a necessidade de tratamento psicoterápico e do uso de ritalina ou venvanse, medicamentos clássicos do uso em TDAH” concluiu o médico.

Já sobre o uso do canabidiol, a novidade que foi apresentada no congresso, de acordo com Paulo, foi a questão da dosagem utilizada e do acesso ao medicamento.  “Hoje já não é necessário entrar com uma ação, o medicamento está para venda na prateleira da farmácia, industrializado e mais purificado. Como atendemos pacientes de alta complexidade em termos de epilepsia, essa disponibilidade de prescrever um medicamento que vende em uma farmácia, sem precisar entrar com uma ação judicial, facilita muito o tratamento. Acho que o principal ponto foi a padronização de dose, com a industrialização do medicamento a gente sabe a dose específica que tem que utilizar no tratamento para cada caso”, destacou o neurologista.

Para o diretor de Atenção à Saúde da Fundação PB SAÚDE, Gilberto Teodozio, ter uma equipe tão participativa do Metropolitano no congresso, onde está reunida toda a Neurologia do Brasil, é de extrema importância para dar visibilidade aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na unidade. “Sem dúvidas, esse foi mais um evento que possibilitou uma troca de experiências profissionais que só tem a favorecer nossos pacientes. A saúde pública de qualidade precisa de especialização e atualização constante, e em congressos como estes, os profissionais da casa aprimoram suas habilidades para oferecer a melhor assistência aos paraibanos e paraibanas”, destacou o gestor.

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