Fonoaudiólogos do Metropolitano realizam identificação e tratamento precoce das alterações na deglutição e comunicação dos pacientes

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Profissionais responsáveis pelo cuidado de doenças ligadas a linguagem, respiração e deglutição humana, os fonoaudiólogos atuantes no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB SAÚDE), vem realizando uma prática para rápida identificação e tratamento na reabilitação dos pacientes que precisam passar, ou que já realizaram procedimentos de alta complexidade.

Esses ajustes e assistência prestada pela equipe de profissionais fez a diferença para Erika Pereira, mãe da pequena Laura Pereira, de 1 ano e 11 meses. A bebê realizou a retirada de um tumor cerebral em fevereiro deste ano, e passou a não conseguir abrir a boca, falar e emitir nenhum tipo de som. 

“Minha filha já tinha sido internada em outro hospital, mas lá ela não recebia o atendimento fonoaudiológico. Então, há cerca de um mês e meio, a Laura começou o acompanhamento aqui no Metropolitano, e no início ela teve muita dificuldade com o toque, porque no atendimento a fono faz massagem para estimular a mandíbula, pra ela ter mais força. Depois de algumas sessões, minha filha começou a abrir a boca, e passou a não ter tanta dificuldade na hora de engolir, começou a mastigar com a gengiva e hoje em dia ela está até sugando na mamadeira. Eu só tenho a agradecer a todos que estão cuidando tão bem dela”, relatou Erika.

De acordo com a fonoaudióloga, Samara Azevedo, trabalhar na reabilitação das funções orofaciais dos internos, ajuda na promoção do bem estar e na otimização da alta hospitalar com segurança. “Nós buscamos promover a reabilitação das funções ligadas a mastigação, deglutição (ato de engolir), sucção e fala, para assim gerar mais qualidade de vida aos pacientes, principalmente no retorno para o lar”, pontuou a fonoaudióloga. 

Segundo o diretor hospitalar do Metropolitano, Adriano Sousa, o trabalho da Fonoaudiologia é fundamental no avanço do processo de recuperação dos pacientes, sejam adultos ou pediátricos. “O perfil dos nossos pacientes são de alta complexidade, logo o processo de reabilitação exige um trabalho multiprofissional eficaz. Tem sido de grande relevância a atuação dos fonoaudiólogos, desde as abordagens durante o processo de iniciação da dieta, até a prevenção da broncoaspiração (entrada de substâncias como alimentos e saliva, na via respiratória), como também na promoção da completa recuperação e autonomia para eficiência da assistência”, afirmou o gestor.

Para além da parte fisiológica, a fonoaudióloga, Rayanne Barbosa, explicou que as atividades realizadas englobam o paciente de forma biopsicossocial. “Estamos sempre avaliando o paciente como um todo, e consideramos que a alimentação é um ato relacional. Quando estamos sentados à mesa com as pessoas do nosso convívio, existe um momento de comunhão e de troca de afeto para além apenas do ato de se alimentar. É justamente esse sentimento que buscamos proporcionar aos pacientes”, frisou Rayanne. “Na Fonoaudiologia não trabalhamos só com a alimentação, mas com a expressividade e a comunicação que são coisas importantes também no processo de reabilitação”, acrescentou, Aline Lima, fonoaudióloga.

Ações Educativas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) – Por meio de um quiz com perguntas sobre Fonoaudiologia Hospitalar, a equipe tem promovido a interação com as demais disciplinas envolvidas na assistência aos pacientes. A responsável técnica do setor, Simone Lins, pontuou que os momentos diários trazem debates sobre  o desmame de via alternativa de alimentação (VAA), traqueostomia, decanulação, desinsuflação do cuff, dieta mista e muitos outros assuntos. “O grande objetivo da dinâmica é abordar todos os recursos que são utilizados na prática fonoaudiológica, que implica diretamente na eficácia da assistência aos pacientes e familiares por toda equipe multiprofissional ”, explicou a gestora.

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